26 de março de 2009

Apertam-me as saudades dos dias em que costumavas caçar borboletas entre as sardinheiras e os arbustos.

Hoje já não corres para as apanhar, esperas que elas poisem na palma aberta da tua mão.



A verdade é que nunca chegam realmente a poisar.

23 de março de 2009

Há dias em que os risos de biblioteca te fortalecem a alma e és maior.
A Saudade não destrói!, e ris com a felicidade dos risos de biblioteca.



Há dias em que tudo é belo e és novamente feliz,
Esses são os dias das borboletas.
II

Passaram-se anos e primaveras e continuo a perder-me em ti.

Às vezes por minutos, outras por horas, mas todos os dias, entras na minha mente.
Continua a ser indizível o quanto te amo, sem qualquer motivo aparente.


Na verdade, nunca amarei ninguém da forma como te amo, e dói saber o quão te sou indiferente.



Se Deus quiser, serás memória de um sonho inacabado.

21 de março de 2009


Fazes-me borboletas...




Essa é a verdadeira experiência da liberdade: ter a coisa mais importante do mundo, sem a possuir.

mais um:
Dia Mundial da Poesia, sem Florbelas nem Pessoas, apenas palavras e o não saber o que fazer com elas.

15 de março de 2009


A canção da tua alma é uma má imitação dos dias melancólicos de Outono.


"
Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.
Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
E o coração está seco. "

8 de março de 2009

http://olhares.aeiou.pt/the_dancer_foto2546316.html



"... e de repente, uma espécie de luz explodiu dentro de mim. Já não era eu mesma, mas um ser infinitamente superior a tudo o que eu conhecia. Quando a sua mão me levou ao quarto orgasmo, entrei num lugar onde tudo parec
ia paz, e no meu quinto orgasmo conheci Deus... entreguei-me a qualquer coisa, fosse o inferno ou o paraíso. Mas era o paraíso. Eu era a terra, as montanhas, os tigres, os rios que corriam para os lagos, os lagos que se transformavam em mar."

"Onze minutos" - Paulo Coelho

7 de março de 2009

I

Passaram dois anos.

Aprendi o que era a vida e ainda tenho muito a aprender.
Dói ter-te no coração e saber que nunca mais voltas.

Adeus, meu amor.

Post Scriptum: "Adeus só se diz aos mortos."
Morreste-me à muito mas, deixaste o teu sangue, agora seco, em mim.

continuação*

1 de março de 2009

ponto final.
Mas nunca consegues dizer tudo o que pensas, como puderias dizer tudo o que sentes?
Sentes demasiado depressa para expressares tudo o que sentes. No fundo, não passas de uma rapariga que tem medo de acabar sozinha.

Demasiado medo de amar.

Demasiado medo de perder.

És tão fraca,

Não tens medo de ser assim para sempre?


A solidão janta connosco e deixa-nos morrer quando nos deita. São mundos de sonhos mortos e de vidas infelizes. Por mais que tentes acordar, vais morrer esta noite, outra vez. E és só tu e a tua solidão.
Acordas, é um novo mundo com mais sonhos mortos do que ontem e menos vidas infelizes, porque passaram a ser mortes.
Não reages à tua morte, nem à tua solidão.
Há muito tempo atrás, tinhas amigos com sonhos e vidas mirabolantes, tal como a tua vida também era fogo incandescente. Agora és um mar morto sem sal e sem água benta. Já não acreditas em ideais, nem em filosofias utópicas. Tudo é preto e branco. Os carrosséis deixaram de ter princesas encantadas. Abraça-nos a tristeza de sonhos, vidas e sorrisos mortos.
É tudo a
preto e branco.

Está tudo morto e nasces outra vez.


14 de Janeiro de 2009
Acreditámos que viver era o paraíso dos amantes. Os amantes alados, que cavalgavam por nós até ao nosso fosso de tristeza e solidão. Éramos felizes com os nossos amantes. Ensinavam-nos as quedas e amparavam o chão em que caíamos.
Os amantes foram embora, levaram as redes. Já não há, já não há quem nos ampare.
Caminhamos pela estrada esburacada (das quedas desamparadas). Amar é agora triste e queremos morrer para não sentir esta dor angustiante, que nos vai levando até à morte.
Lembras-te? Era tão feliz, amar era o paraíso, vivias no paraíso de ti e de toda a tua ingenuidade, pensando que um dia irias ser feliz a amar.
Deixaste-te de ilusões, e não és mais a menina ingénua que acreditou no amor.
Agora é só esperares pelo caminho que te leve.

12:30, 5 de Janeiro de 2009