24 de novembro de 2017

A diferença entre a transparência e o opaco é a mente tranquila na almofada.


4 de novembro de 2017


    "Morre lentamente quem não viaja,
    quem não lê, quem não ouve música,
    quem destrói o seu amor próprio,
    quem não se deixa ajudar.

    Morre lentamente quem se transforma escravo do hábito,
    repetindo todos os dias o mesmo trajecto,
    quem não muda as marcas no supermercado,
    não arrisca vestir uma cor nova,não conversa com quem não conhece.


    Morre lentamente quem evita uma paixão,
    quem prefere o "preto no branco" e os "pontos nos is"
    a um turbilhão de emoções indomáveis,
    justamente as que resgatam brilho nos olhos,
    sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.

    Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho,
    quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho,
    quem não se permite, uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.

    Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da
    chuva incessante, desistindo de um projecto antes de iniciá-lo,
    não perguntando sobre um assunto que desconhece
    e não respondendo quando lhe indagam o que sabe.

    Evitemos a morte em doses suaves,
    recordando sempre que estar vivo
    exige um esforço muito maior do que o simples acto de respirar.
    Estejamos vivos, então!"
                                                                                            Martha Medeiros