27 de abril de 2010

Quando for mãe vou saber pedir desculpa quando errar.
Vou saber ouvir aquilo que tu nunca estiveste disposta a ouvir.
O teu tempo atormenta-me, porque eu ainda tenho uma vida pela frente e o direito de errar.

Não há volta a dar-te.
A minha dor de cabeça é tão forte que nem o silêncio tem permissão para falar.

Foi difícil para ti, eu sei, juro-te que sei, conheço-te, gosto muito de ti.
Mas sabes?
Para mim é mais difícil porque tu não sabes.
E ainda proclamas orgulho em ti quando não fazes sequer ideia.
Quero viver sozinha, não tens o direito de me tirar esse sonho.
Vais ser feliz sem mim, e quando me vires não vais ter tempo para gritar nem para me magoares.

Não sabes.
Eu estou bem e lá vens tu, magoas-me sempre.
E dizes infernos em palavras como se de palavras se tratassem.
Porra, não há ninguém que tenha tanta paciência para te ouvir e ninguém que goste tanto de o fazer. Há alguém mas não te ouve como eu, ouve tudo.

Adoro ouvir-te falar de quando eras feliz, e tudo tinha sentido.
Sabes?
Também tenho planos aos quais vou faltar, mas ao menos tenho planos.
Ao menos tentei, ao menos pensei que conseguia.
E quando conseguir e não gostar?
Volto a tentar.

Quero ser feliz porra,
deixa-me viver.

1 comentário:

maria beatriz disse...

gostei muito minha jaqueline,a apesar da tristeza que rodeia este teu texto. Se precisares de algo, já sabes, podes contar comigo para falar porque eu gosto muito de te ouvir.