Queria gostar de ti, queria que tudo fosse como Alice in Wonderland, ou que com o simples toque dos sapatinhos vermelhos pudesse voltar a casa.
Não é essa a minha verdade, nunca foi, nada é assim tão simples.
No início, não gostava de ti. Não sei porquê, às vezes não vamos com a cara das pessoas, sem motivo aparente. Hoje é diferente.
Conheço-te o toque e o jeito malandro. Recuperas a criança que há em mim da qual não imaginava existência.
É tão bom ser livre,
Amar sem amar e,
Sorrir a chorar.
Tens um cariz próprio, só teu, inocente e puro. Tudo aquilo que eu não tenho e quero ter. A tua essência de criança faz-me cócegas na raiz de aquilo que acreditei ser e não sou.
Mas faço de conta que é bonito, e que tem muitas flores e logo passa. Faço de conta que não tem mal e que está tudo bem, quando estou a ruir por dentro.
Já tive medo, não hoje, não agora. Ainda assim, não quero que conheças a minha sombra, não ias compreender e eu não aguentava mais uma perda.
Sem saberes, fica, fica até sempre ou até amanhã, mas fica, não me deixes no escuro.
1 comentário:
Gostei imenso! *
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